A visita ao Museu do Oriente acaba num elevador muito especial, é mágico, pode levar-nos até ao céu, mas desta vez fomos só ao 1º piso do museu (o céu fica para a próxima), onde se encontra a exposição permanente "SOMBRAS DA ÁSIA", esta exposição quer dar a "conhecer a um público ocidental não só histórias que todos conhecem na Ásia mas também a diversidade e a riqueza dos figurinos do teatro de sombras (...) consegue transportar o público para um universo mágico (...) indissociável da religião (...) um espectáculo que, ao contrário do que acontece no Ocidente, não se destina a um público infantil."
Por não se destinar a um público infantil, o objectivo do serviço educativo do museu em levar as crianças até este espaço é, por um lado, dar a conhecer as marionetas diferentes das que conhecem, as suas figuras e cores, por outro lado, analisar o comportamento dos mais novos num ambiente mais escuro, sombrio em que o medo do escuro é uma realidade.
Com o sistema nervoso em grande actividade e a amígdala "aos saltos", foi interessante perceber que o escuro não era o principal motivo de medo, mas sim o facto de, de repente estarem sós, rodeados de figuras diferentes (marionetas), algumas assustadoras, as sombras, o desconhecido e finalmente o escuro já era também um problema.
Crianças e adultos, a sensação de medo é a mesma. É o medo que nos mantém vivos, faz-nos reagir numa situação de perigo.
A amígdala que se situa no cérebro (anterior) dá início ao processo que origina o medo, bem como sentimentos negativos como a agressão, é complementada pelo hipocampo que retém a informação (memória), enquanto que a amígdala retém a emoção associada a essa informação, uma determinada situação ou acontecimento, decide se corresponde ou não a um perigo, desencadeando o processo de protecção.
Em crianças, com 4-5 anos de idade é normal que máscaras, ambientes escuros e o afastamento dos pais sejam alguns estímulos para o medo, que vão desaparecer com o tempo, faz parte do seu desenvolvimento



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